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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A SAUDE MENTAL PEDE SOCORRO

Dia 31/01, recebi mensagem da associação Londrinense de saude Mental informando a precariedade operacional dos CAPS.
Todo o sistema de saúde de Londrina está trabalhando no sacrifício. A rotatividade de Secretarios corrobora essas dificuldades.
No CAPS faltam profissionais, medicamentos, alimentos, materiais para higiene e limpeza e materiais para Terapia Ocupacional, indispensáveis, evidente, ao atendimento básico de qualquer unidade.
Participei dessa associação até dezembro de 2009. Nesse ano, formamos um grupo em parceria com os tres CAPS, Secretaria Municipal de Saude, UEL, Hospital Universitario e realizamos um estudo amplo da Saúde Mental no municipio encaminhado ao Conselho Municipal de Saude, cuja presidentte na ocasião era Marlene Zucolli, então Secretária de Saude.
Todos os problemas acima foram analizados e tiveram soluções apontadas. Além disso, A Sra. Angela, lotada no Gabinete de Gestão da atual administração, participou ativamente do trabalho e diga-se conhece como ninguém os problemas apontados.
Uma das necessidades apontadas foi a necessidade de mais CAPS. Porém, de nada adiantam essas estruturas sem pessoal quantificado adequadamente, qualificado, motivado e ainda com os recursos materiais mínimos necessários.
Nenhum avanço será conseguido com os portadores de transtornos esperando meses por consultas, horas e horas pelo atendimento, passando fome no hospital dia, sem atividades ocupacionais.
Os psiquiatras também são um caso à parte.
Londrina forma dois profissionais dessa área por ano. Só existem duas vagas para residentes.
Uma das alternativas apontadas para melhorar essa situação foi a construção de um CAPS anexo ao HU e o aumento de vagas para residencia na área de psiquiatria.
A gestão dos serviços precisa ser modernizada, tanto no plano de aplicação de terapias quanto na quantificação dos pacientes atendidos, no tempo de espera e principalmente da evolução dos pacientes atendidos.
O CAPS AD, por exemplo tem lá determinado número de drogaditos comprometidos com a redução de danos. Quantos cumpriram meta? quantos abandonaram o tratamento, quantos estão parados, qual a relação tempo/evolução? qual é a meta para 2011... 2012...etc....
As carencias são muitas e graves. Há muito tempo falta decisão politica para enfrentá-las.
A hora tem que ser já. A Secretária é uma profissional conhecedora de tudo o quanto abordamos. O Prefeito já anunciou mudanças significativas na área de saude.
Será que agora vai?
Ou vamos ficar sentados... esperando Godot.

IZAIAS BITENCOURT MORAES

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